Alcoólatra pode ser considerado um dependente químico

Alcoólatra pode ser considerado um dependente químico

Segundo a Organização Mundial de Saúde, um alcoólatra pode ser considerado um dependente químico na medida em que ele perde o controle sobre a substância e apresenta determinados sintomas. Neste sentido, se pode afirmar que o alcoolismo é um tipo de dependência química.

Vale ressaltar que o problema vem crescendo muito nos últimos anos, atingindo muitas famílias. Diante da falta de políticas públicas e da representação social de bebidas alcoólicas na sociedade atual, o desenvolvimento de alcoolismo se torna bem fácil.

Como um tipo de substância lícita, qualquer um acima dos 18 anos pode comprar a bebida. Sem contar com os estabelecimentos irregulares que infringem a lei, vendendo bebida alcoólica para menores de idade. E nas festas clandestinas? Boates?

Pois bem, a facilidade para se tornar dependente químico é gigantesca e os problemas que a condição clínica acarreta são maiores ainda. Em uma tentativa de conscientização sobre esse importante problema atual, confira nos próximos tópicos a relação entre alcoolismo e dependência química.

Quais os sinais que comprovam que um alcoólatra pode ser considerado dependente químico?

Um alcoólatra pode ser considerado um dependente químico e isso pode ser comprovado através de seu comportamento. Nos primeiros sintomas, o indivíduo fica mais agressivo, irritado e nervoso. Seu humor varia bastante, com mais estados de ansiedade.

O dependente químico começa a faltar em compromissos importantes, tendo sua rotina de tarefas prejudicada. Sua vida financeira é afetada, perdendo o controle sobre ela, pois ele usa todo o dinheiro que tem para comprar bebidas alcoólicas. Inclusive pode furtar pessoas próximas para conseguir dinheiro.

Além disso, ele apresenta outros sintomas, como:

  • Mudanças na qualidade e padrão de sono;
  • Dificuldades nos relacionamentos interpessoais;
  • Alterações significativas nos hábitos alimentares;
  • Estados depressivos frequentes;

Em casos mais graves e níveis mais altos de dependência química, o indivíduo ainda pode apresentar:

  • Pensamentos suicidas;
  • Alucinações e psicoses;
  • Distúrbios psicológicos;
  • Mania de perseguição.

Como lidar com pessoas que são alcoólatras?

O primeiro passo para lidar com pessoas presas ao alcoolismo é compreender que o alcoólatra pode ser considerado um dependente químico. Isso quer dizer que ele precisará se submeter a um tratamento com profissionais de qualidade. Também, é necessário ter em mente que o alcoólatra não se reconhece como tal.

Ou seja, ele vai alegar que tem total controle sobre o consumo de bebidas e, por isso, não precisa de ajuda. Mesmo que vários prejuízos estejam acontecendo, para o alcoólatra tudo estará na mais perfeita normalidade. Por isso, é preciso ter bastante paciência com ele.

Por mais difícil que possa ser, não julgue e nem critique a pessoa com essa condição clínica. Muitos utilizam o álcool como um subterfúgio para lidar com os próprios problemas. Ainda, usam a bebida para escapar de limitações pessoais, esconder defeitos ou tomar coragem para certas ações.

Portanto, você precisa ser empático e o mais acolhedor possível para abraçar o alcoólatra e dizer que vai ficar tudo bem. Aos poucos, vá conversando com ele e ajudando-o a se conscientizar do problema. Se o caso for muito grave, busque a ajuda de uma clínica de reabilitação.

O que acontece no cérebro de uma pessoa alcoólatra

Além da excitação, prazer e euforia que a presença de álcool no sangue proporciona, a substância provoca uma série de efeitos psíquicos, como: diminuição da capacidade de julgamento, da memória, atenção, concentração e redução da memória curta, daí os esquecimentos depois do efeito da bebida.

Mas não só isso. Os efeitos do álcool afetam a capacidade de movimento e equilíbrio da pessoa, conhecido como ataxia. Há problemas de articulação da fala, chamado de disartria e ocorre oscilações involuntárias dos olhos, fenômeno nomeado como nistagmo.

Quando o alcoolismo se torna uma dependência química severa, ocorre uma mudança no padrão de funcionamento do Sistema de Recompensa, onde o cérebro “se acostuma” com a presença do álcool, necessitando cada vez mais da bebida para se sentir bem.

Como se livrar do alcoolismo?

A melhor forma de se livrar do alcoolismo é buscando tratamento, que pode ser feito em clínicas de reabilitação. Nessas instituições, o dependente químico é cuidado por uma equipe de profissionais, composta por psiquiatras, psicólogos, nutricionistas e outros de diferentes áreas.

É fundamental que tanto a família quanto os amigos estejam presentes para oferecer todo o apoio. O suporte de pessoas queridas faz uma diferença significativa no tratamento. Sendo assim, não hesite em pedir ajuda também.

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