Perfil psicológico do dependente químico

21/06/2022

Perfil psicológico do dependente químico

Perfil psicológico do dependente químico: Para entender melhor este tema vamos exemplificar os tipos de dependências e tratamentos adequado para cada tipo de paciente.

A dependência química ocorre quando reunimos alguns critérios diagnósticos ao longo de determinado período, para avaliar se um indivíduo desenvolveu tal problemática. De alguma maneira, o indivíduo pode estabelecer uma relação alterada entre ele e uma ou mais substâncias psicoativas (drogas em geral) de tal modo que surgem alterações fisiológicas, psicológicas e comportamentais que comprometem seu convívio e sua rotina, inclusive, as consequências na educação são graves com o uso de drogas.

TIPOS DE DEPENDÊNCIAS

A toxicodependência pode ser definida como o consumo repetido, permanente e compulsivo de uma droga. Embora o fenómeno da dependência das drogas compreenda quatro componentes ou manifestações bem distintas, como a dependência psíquica, a dependência física, a síndrome de abstinência e a tolerância, a sua presença e intensidade variam de acordo com a substância que as provoca e o grau de dependência.

Dependência psíquica. A dependência psíquica pode ser definida como um desejo compulsivo de estar e manter-se sob o efeito de uma determinada droga e costuma manifestar-se através de um estado de agitação e ansiedade provocado pela ausência dos efeitos. Embora a dependência psíquica seja uma componente constante da dependência, a rapidez com que se desenvolve varia consoante as características químicas das drogas e os aspectos psicológicos e socioculturais do indivíduo que as consome. No entanto, a dependência psíquica de drogas como a heroína, a cocaína ou determinados medicamentos com efeito tranquilizante é muito mais rápida do que a provocada pelo álcool ou pela marijuana.

Dependência física. Como as drogas alteram e desequilibram o funcionamento orgânico, o seu excesso e repetido consumo costuma provocar uma dependência física, ou seja, para se adaptar e poder funcionar de forma adequada, o organismo é obrigado a desenvolver uma série de mecanismos, fazendo com que o organismo não consiga funcionar corretamente sem o consumo da droga, depois de se estabelecer a dependência física.

Síndrome de abstinência. Designa o conjunto de problemas provocado quando um indivíduo dependente de uma droga interrompe a sua administração. No caso de algumas drogas, como os derivados do cânhamo ou os alucinogénios, esta síndrome é muito pouco evidente ou praticamente inexistente. Por outro lado, no caso de outras drogas, como o álcool e a heroína, a síndrome pode ser muito grave. Na maioria dos casos, quanto maior for a dependência física, mais intensa será a síndrome de abstinência.

Tolerância. A tolerância é um fenómeno através do qual um indivíduo dependente de uma droga necessita de doses cada vez mais significativas para conseguir os efeitos desejados. Este fenómeno, semelhante ao da dependência física, é provocado pela progressiva adaptação do organismo à droga. É preciso referir que a tolerância tem um limite, já que a denominada “dose letal” (overdose), ou seja, a dose de uma droga que provoca a morte do indivíduo, não é necessariamente superior para os dependentes do que para a população em geral.

COCAÍNA

A cocaína, benzoilmetilecgonina ou éster do ácido benzoico, denominada também por coca, é um alcaloide, estimulante, anestésica, usada principalmente como uma droga recreativa. Ela pode ser inalada, fumada ou injetada. Os efeitos mentais abrangem a perda de contato com o que ocorre na realidade, promovendo uma grande emoção, tanto de felicidade como de agitação. Os sintomas geralmente são: aceleração do ritmo cardíaco, transpiração e dilatação das pupilas.

A cocaína tem sua metabolização através do fígado, assim como a maioria das drogas,. A cocaína age como um inibidor da enzima MAO (monoamina oxidase), da recaptação e estimulante da liberação de noradrenalina e dopamina, que existem nos neurônios. A dopamina e a noradrenalina são neurotransmissores cerebrais que são secretados à sinapse, aonde são recolhidos outra vez para dentro dos neurônios por esses transportadores inibidos pela cocaína. 
PADRÕES DE UTILIZAÇÃO DA COCAÍNA

A cocaína tem a aparência de pó branco e puro, podendo ser utilizada de diversas maneiras, tais como: Pasta, pó; crack, merla, óxi, pitilo ou mesclado. Todavia, a forma mais corriqueira é pela inalação/aspiração da mesma, que geralmente se expõe sob o formato de pó. Também pode ser administrada: diretamente na corrente sanguínea, mastigação da folha de coca ou ingerido por meio de chá das folhas.

EFEITOS DA COCAÍNA

A cocaína estimula o sistema nervoso central e age de forma inibidora da fome. Atua através da supressão da recaptação de serotonina, noradrenalina e dopamina; ou seja, manifesta-se em grandes concentrações destes três neurotransmissores cerebrais, podendo ultrapassar com certa facilidade o obstáculo da hematoencefálica, lesionando-a.

A cocaína está presente nas folhas da coca (Erythroxylum coca), no qual é cultivada especialmente na América do Sul. A maior parte dos seus efeitos são relativos diretamente à estimulação dos sistemas simpático e dopaminérgicos. A cocaína enseja danos/ lesões cerebrais microscópicos significativos em cada dose consumida. Os danos tornam-se irreversíveis quando o consumo torna-se regularmente. A duração dos efeitos variam de 30 a 40 minutos. Entre os efeitos descritos da droga, estão:

  • Efeitos psicológicos: euforia, sensação de poder, ausência de medo, ansiedade, agressividade, excitação física, mental e sexual, anorexia (perda do apetite), insônias, delírios.
  • Efeitos no organismo: taquicardia, aumento na frequência dos batimentos cardíacos (sensação do coração bater mais rápido e mais forte contra o peito), hipertensão arterial, vasoconstrição, urgência de urinação, tremores, midríase (dilatação da pupila), hiperglicemia, suor e salivação intensa e com textura grossa, dentes anestesiados.

É bastante complexo deduzir a dose avaliada alta, haja vista que varia de pessoa a pessoa, como também conforme a quantidade de pureza da cocaína consumida. As vezes até mesmo com a utilização de 1g, ou um papelote, os efeitos já começam a surgir. Geralmente, os efeitos em altas doses, são: convulsões, depressão neuronal, alucinações, paranoia (geralmente reversível), taquicardia, mãos e pés adormecidos, depressão do centro neuronal respiratório, depressão vasomotora e até mesmo coma e morte em uma overdose. A overdose de cocaína são ligeiras e letais, tendo como principais sintomas: arritmias cardíacas, convulsões epilépticas generalizadas e depressão respiratória com asfixia.

A cocaína apresenta uma tolerância bem determinada e de estabelecimento rápido. A fim de que os efeitos sejam obtidos, o consumidor utiliza doses cada vez mais altas. Tais efeitos, com o passar do tempo, abancam uma menor durabilidade e menor intensificação com o tempo de consumo. Para tanto, o consumidor  passa a utilizar cada vez mais a droga para se satisfazer em intensidade semelhante a anterior. Gera danos cerebrais amplos em um ínfimo espaço de tempo de consumo.

Efeitos a longo prazo: Perda de memória; perda da capacidade de concentração mental; perda da capacidade analítica; falta de ar permanente, trauma pulmonar, dores torácicas; destruição total do septo nasal; perda de peso até níveis de desnutrição; cefaleias; síncopes; distúrbios dos nervos periféricos; silicose.

Efeitos tóxicos agudos: Estes efeitos podem ocorrer ou não após uma única dose baixa, mas são mais prováveis com o uso continuado e em doses altas: Arritmias cardíacas; complicação possivelmente fatal; trombose coron&a

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