Transtorno mental dependência química

Transtorno mental dependência química

O transtorno mental e a dependência química caminham juntas. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a dependência química é considerada um transtorno psicológico, que deve ser devidamente tratada. Além disso, este tipo de quadro clínico está inserido nos manuais psiquiátricos de saúde mental.

De modo geral, essa condição é caracterizada pelo uso descontrolado de drogas, com o objetivo de obter prazer imediato. Embora o dependente reconheça os prejuízos da compulsão pelas drogas, ele simplesmente ignora, achando que o prazer obtido é maior que o risco.

Quando o consumo chega ao nível de dependência, a pessoa faz de tudo para adquirir a substância química, deteriorando não só a sua saúde física, como mental, emocional, financeira, social, familiar, entre outros diversos setores da vida.  

Por ser tão perigosa para a sociedade como um todo, hoje vamos explicar a relação entre transtorno mental e dependência química, além de responder outras questões importantes sobre o tema. Continue a leitura para saber mais e não hesite em procurar ajuda para o tratamento.

Em que momento o uso de drogas se torna dependência química?

No Sistema Nervoso Central há um mecanismo chamado Sistema de Recompensa, que trabalha com a dopamina, noradrenalina e serotonina, que são os principais neurotransmissores do corpo humano, responsáveis pelas sensações de prazer e bem-estar.

Por exemplo, após a realização de alguma atividade que você gosta ou depois da relação sexual e exercícios físicos, o sistema de recompensa é ativado com a liberação desses neurotransmissores. Com eles no sangue, você se sente muito bem, com prazer e disposição.

Na composição química das drogas, há princípios ativos que, mesmo com diferentes mecanismos de atuação no cérebro, atuam da mesma forma. Ou seja, elas acabam aumentando os níveis de dopamina no sangue, fazendo com que o indivíduo sinta uma sensação de bem-estar.

Entretanto, a fórmula da droga desregula a liberação dos neurotransmissores, o que gera a diminuição de dopamina no sangue na falta de drogas no cérebro. Com isso, surge a síndrome de abstinência, na qual a pessoa precisa ingerir mais drogas para aumentar a dopamina e se sentir bem.

Qual a relação entre dependência química e transtornos mentais?

A relação entre o transtorno mental e a dependência química é bastante próxima e complexa. Isso porque, a existência simultânea dos dois vai depender do caso a caso. Em contrapartida, a dependência química é considerada um transtorno mental.

Em primeiro lugar, é preciso salientar que o tratamento de um dependente químico envolve o trabalho de psicoterapeutas. Os psicólogos irão atuar na mente do indivíduo para entender a relação dele com as drogas e ajudá-lo a encontrar outras estratégias de lida sem ser pelo caminho dessas substâncias.

Nesse processo, outras questões psicológicas podem ser encontradas, como os transtornos de humor, bipolaridade, depressão e ansiedade, entre muitos outros. Nestes casos, será preciso tratar não só a dependência, como também esses outros transtornos mentais.  

Mas antes, será preciso entender se a droga é causa ou consequência de uma questão psicológica. Por exemplo, uma pessoa pode fazer o uso de drogas como um escape para lidar com sua ansiedade, enquanto outra, pode ter depressiva por não conseguir controlar a dependência.

Nos manuais psiquiátricos, como a Classificação Internacional de Doenças e o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, há a relação da dependência química e de transtornos mentais com mais detalhes. Mas essa avaliação, bem como o diagnóstico só pode ser feita por um profissional.

Como é o dependente químico como paciente?

Como a dependência química é um problema de saúde mental, o indivíduo precisa receber todo o auxílio e suporte possíveis. O melhor tratamento para ele é o multidisciplinar, que conta com profissionais de diferentes áreas com o intuito de reabilitar toda a vida do dependente.

Veja que a relação entre transtorno mental e dependência química é bastante complexa, necessitando de uma detalhada avaliação médica. Os especialistas inseridos nessa análise são o psiquiatra e o psicólogo. Além deles, nutricionistas e enfermeiros podem cuidar do paciente.

Durante o tratamento é de suma importância que os amigos e familiares estejam junto do dependente químico. Ele precisa saber que não está sozinho e que pode contar com a ajuda de pessoas queridas para vencer esse mal. Procure uma instituição de qualidade e se cuide.

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